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Convite para o lançamento do livro “Entre Minas” de Wilson da Costa - Confira

A disciplina de Classes e Movimentos Sociais do curso de Serviço Social, o Projeto Flor de Anahí: Mulheres Lutadoras Sociais – Edição Mulheres Lutadoras na Mineração, o Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Mineração do Outro,  o PET Conexão de Saberes e a Frente Mineira de Luta das Atingidas e Atingidos pela Mineração (FLAMA) convidam para atividade de ‘Lançamento do livro Entre Minas”, de autoria de Wilson da Costa, que acontecerá no dia 02 junho, no auditório G20 do ICHS, às 19h.

Breve apresentação da obra, nas palavras do autor, Wilson da Costa:

Há pouco mais de trezentos anos a extração de minério começava seu ciclo nos rios de Minas. As montanhas e com elas o subsolo mineiro, que compartilharam o mesmo destino de Potosí iniciado cento e cinquenta anos antes, ainda no século dezesseis, foram o derradeiro passo seguinte. Não são poucos os desastres que marcam a história da mineração até os recentes crimes de Mariana e Brumadinho. E a invisibilidade segue como assinatura do modelo de exploração mineral no Brasil e no continente latino-americano.

Entre Minas é estruturado como uma narrativa de imagens e textos sobre as inúmeras e trágicas relações entre o que se designa minério-dependência e os territórios das Minas Gerais. Como parte de um projeto iniciado em 2019 e ainda em curso, as fotografias do livro traduzem parcialmente os milhares de quilômetros percorridos entre as cidades que se encontram na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.

Muitas questões presentes nas discussões sobre a mineração - e algumas menos frequentes, mas que igualmente atravessam este campo - estão visíveis nas referências do livro e revelam o caráter analítico do trabalho. No entanto, à medida em que acrescentamos à leitura os sentidos menos aparentes das imagens e dos textos, outras perspectivas podem emergir ao longo das três partes que compõem Entre Minas.

Carlos Machado de Freitas, pesquisador titular da Fiocruz, escreve na introdução do livro que "encontramos não só olhar e registro fotográfico cuidadosos de morros que são transformados em pedras; de pedras que são transformadas em rejeitos; de rejeitos que são transformados em barragens; de barragens que são transformados em lamas; em lamas que encontram rios, pedras e pessoas no meio caminho; em pedras, rejeitos, barragens e lamas que ressoam nas vidas das pessoas atingidas e deixam feridas abertas, muitas vezes com vozes emudecidas ou mesmo tornadas invisíveis. Encontramos também a empatia e o compromisso com as vidas, os lugares e as histórias de vida de tantas pessoas envolvidas e afetadas pela mineração.”