Projetos PIDIC 2025
1. Ciclo Saudável: Ações afirmativas para o Cuidado Menstrual na UFOP
Orientadora: Isabela Neves de Almeida (isabela.almeida@ufop.edu.br) |
O ciclo menstrual é um ciclo biológico natural da vida de pessoas que menstruam. Em alguns contextos sociais pode influenciar diretamente no bem estar, na autonomia, no direito de ir e vir com segurança física e no contexto acadêmico, inclusive no desempenho acadêmico e bem-estar emocional. No atual contexto social do Brasil é frequente observar a falta de suporte adequado para lidar com essa questão no ambiente universitário. Este projeto justifica-se pela necessidade eminente de preencher essa lacuna, com o objetivo de promover acompanhamento integral e educativo às pessoas que menstruam na UFOP. O "Ciclo Saudável" atuará na promoção da saúde menstrual, fornecendo informações sobre cuidados menstruais, higiene íntima, saúde física e emocional durante o ciclo menstrual. Além disso, o projeto incluirá a distribuição gratuita de absorventes, reconhecendo a importância de garantir o acesso a produtos de higiene menstrual de maneira universal para estudantes que menstruam, independentemente de sua situação financeira. O projeto apresenta como objetivos específicos realizar campanhas educativas em todos os Campus da UFOP, implementar programa de distribuição gratuita de absorventes, criar espaços de diálogo e conscientização e ampliar atividades para atender à diversidade de estudantes. Ao oferecer orientações educativas e acesso gratuito à absorventes, o projeto contribuirá para a redução das barreiras enfrentadas pelas pessoas que menstruam, permitindo que elas participem plenamente das atividades acadêmicas, de pesquisa e de extensão. |
2. POC: papear, ouvir e conscientizar
Orientadora: Cláudia Martins Carneiro (carneirocm@ufop.edu.br) |
O projeto POC: Papear, Ouvir e Conscientizar atua há seis anos na UFOP promovendo o diálogo e a conscientização sobre temas relacionados à diversidade, inclusão social, sexualidade, gênero e combate à LGBTfobia. Com ações voltadas tanto para a comunidade acadêmica (Ouro Preto, Mariana e João Monlevade) quanto para a população de Ouro Preto e região, o projeto busca criar espaços seguros para troca de experiências, acolhimento e formação de consciência cidadã. Diante das dificuldades enfrentadas por estudantes LGBTQIAPN+ no ambiente universitário, o POC desenvolve atividades como rodas de conversa, oficinas, eventos culturais e produção de material educativo. O projeto tem ampliado sua atuação em diversos espaços, consolidando-se como um importante mecanismo de suporte à permanência estudantil e à promoção dos direitos humanos. O impacto do projeto é significativo, tanto na comunidade acadêmica quanto na população externa, através de eventos como a Parada LGBTQIAP+ de Ouro Preto e o Cine LGBT+, que mobilizam centenas de pessoas. A permanência do POC no PIDIC é fundamental para garantir a continuidade e o fortalecimento dessas ações entre a comunidade interna bem como externa. |
3. WebCINETV UFOP: criação em linguagem audiovisual afirmativa, experimental e de formação humanística
Orientador: Adriano Medeiros da Rocha (adrianomedeiros@ufop.edu.br) |
O projeto WebCINETV UFOP: criação em linguagem audiovisual afirmativa, experimental e de formação humanística busca dar continuidade às ações já realizadas por um coletivo de talentos agrupados através do Laboratório de Criação e Produção Audiovisual do curso de Jornalismo do ICSA-UFOP. Este núcleo de pesquisa e criação desenvolve programas experimentais em linguagem audiovisual, bem como produções cinematográficas documentais e ficcionais com temas que estimulam ações afirmativas, diversidade e a convivência tanto entre alunos e servidores, como também na comunidade externa da UFOP. Dessa maneira, o projeto busca contemplar uma diversidade de vozes e ideias no âmbito cultural e artístico, trazendo para suas narrativas a pluralidade existente nos campus da UFOP e também no entorno e fora deles. Esta proposta visa contemplar os processos de pré-produção, produção e pós-produção de um curta metragem ficcional, cujo roteiro já está sendo desenvolvido. Ainda nesta fase, o projeto também contemplará a finalização do curta-metragem ficcional Conexões, seu lançamento e a organização de eventos, tais como mostras e debates com temáticas da área audiovisual. Além disso, a equipe WebCINETV oferecerá, gratuitamente, quatro oficinas de formação e criação em cinema e vídeo no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas da UFOP, no campus de Mariana. Para essas ações será desenvolvido um plano de divulgação oficial, tanto na imprensa regional, como na própria comunidade externa à UFOP. É importante também ressaltar que as produções resultantes do projeto serão difundidas, de forma livre e gratuita, através do canal de Youtube e do perfil do Instagram do projeto (ufopecinema), além da possível exibição em mostras e festivais. |
4. DISCOGRAFIA VEIAS ABERTAS LATINO-AMERICANAS: CANÇÕES DE RESISTÊNCIA!
Orientadora: Kathiuça Bertollo (kathiuca.bertollo@ufop.edu.br) |
Trata-se de um projeto em continuidade, e que nesta etapa objetiva explicitar, refletir e divulgar o SAMBA enquanto expressão artístico-cultural genuína do povo brasileiro. Importa ressaltar que esta temática já foi abordada em 2024, sendo muito reivindicada pela comunidade acadêmica, por isso a sua continuidade em 2025. “O corpo exigido pela síncopa do samba é aquele mesmo que a escravatura procurava violentar e reprimir culturalmente na História brasileira: o corpo do negro. Sua integração com a música, através da dança, já era evidente no Quilombo dos Palmares: “Dispostas previamente as sentinelas, prolongam as suas danças até o meio da noite com tanto estrépito batem no solo, que de longe pode ser ouvido”. Aproximar os/as discentes da UFOP às questões, dilemas, contextos, expressões culturais e de resistência que perpassam nossos momentos históricos enquanto nação que luta e resiste assim como o povo negro, segmento que dá origem ao samba, de elementos, posições e considerações sobre a formação social brasileira, a história enquanto síntese e resultado do passado e do presente, a cultura de um país e sua riqueza de nuances na música, no ritmo, nas composições e na dança, torna esta proposta justificável e relevante de ser desenvolvida junto aos/às discentes da UFOP. Em suma, a proposta se organizará a partir de leitura, estudo e fichamento de obras tais como: Braz, Marcelo. Samba, Cultura e Sociedade: sambistas e trabalhadores entre a “questão social” e a questão cultural no Brasil. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2013; SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Mauad Editora Ltda, 1998; DA SILVA, Ariana Mara. SAMBA E DECOLONIALIDADE. In: XIX Encontro Estadual de História, 2022, Santa Catarina. Anais eletrônicos [...]. Santa Catarina: Centro de Ciências Humanas e da Educação, UDESC, 2022. Tema: Usos do passado, ética e negacionismos; TINHORÃO. José Ramos. Os sons dos negros no Brasil: cantos, danças, folguedos: origens. São Paulo: Art Editora, 1988; TINHORÃO. José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha à canção de protesto. Petrópolis. Ed. Vozes, 1975; dentre outras obras. Após esta apropriação de conhecimento por parte da equipe intenta-se a realização de 08 encontros presenciais distribuídos no ICSA e no Campus Morro do Cruzeiro em formato de encontros/rodas de conversas musicais, com 1h30 de duração cada, em que serão debatidos elementos das obras citadas e demais a serem estudadas, bem como, serão ouvidas músicas de artistas, grupos, cantores e cantoras de SAMBA, relacionando o conhecimento teórico em torno desta expressão artístico-cultural brasileira com o expressado nas obras musicais. Para o alcance de público será feita uma ampla divulgação do projeto nas redes sociais, whats app, site institucional, salas de aula, filas dos RU’s. |
5. FLOR DE ANAHÍ – MULHERES LUTADORAS SOCIAIS
Orientadora: Kathiuça Bertollo (kathiuca.bertollo@ufop.edu.br) |
O projeto Flor de Anahí- Mulheres Lutadoras Sociais tem por objetivo dar visibilidade, voz e vez às mulheres lutadoras sociais. A proposta nasce inspirada em ação da disciplina de Classes e Movimentos Sociais do curso de Serviço Social da UFOP, a partir do “mural dos lutadores e das lutadoras sociais” construído no semestre 2019/02. A operacionalização do projeto se dará através de equipe multidisciplinar. Contará com parceria entre as áreas de psicologia, serviço social e jornalismo através de profissionais diretamente vinculadas e de externas à UFOP. Também, em parceria com Coletivo Feminista Classista que atua diretamente com mulheres da classe trabalhadora. Esta edição pautará a temática “mulheres no samba”. Será realizada pesquisa sobre esta temática evidenciando o lugar e papel das mulheres nesse contexto artístico-cultural. A partir disso serão realizadas 08 rodas de conversas entre abril de 2025 a março de 2026, conforme vigência deste edital. Estas serão momentos para apresentar a trajetória de vida, as bandeiras de lutas, a atuação comunitária e artístico-cultural em torno do samba das convidadas. Esta proposta intenta a realização de atividades presenciais no ICSA e no Morro do Cruzeiro, dando ênfase às mulheres da realidade local de Mariana, Ouro Preto, Região próxima (considerando a facilidade de deslocamento e de garantia da presencialidade na UFOP) e também, intenta a realização de atividades remotas para garantir a participação de convidadas externas, de outras regiões de MG e do país (destaca-se que as atividade serão gravadas e disponibilizadas no Canal do youtube da Wiphala Frente de Trabalho, que congrega esta e outras ações desta proponente). Consideramos que difundir a luta artístico-cultural em torno e a partir do samba desencadeada pelas mulheres da Região e de MG é uma forma de ampliar e enriquecer a formação acadêmica dos/as estudantes de graduação da UFOP, da comunidade acadêmica em sua completude e da sociedade em geral, pois este é um tema que contribui para o reconhecimento humano-genérico entre nós homens, mulheres, comunidade LGBTQIAP+, uma vez que a arte e cultura nos alimentam subjetivamente e o samba expressa o que há de mais potente de nossa cultura popular brasileira. |
6. DIGA+S - Diversidade, Inclusão, Gestão Acadêmica + Sustentabilidade
Orientador: Máximo Eleotério Martins (maximo@ufop.edu.br) |
A universidade pública e gratuita é um espaço de formação acadêmica e cidadã, onde diferentes trajetórias, vivências e perspectivas se encontram. No entanto, os espaços de liderança dentro da UFOP – como centros acadêmicos, ligas estudantis, empresas juniores e comissões de formatura – nem sempre refletem essa diversidade. A ocupação desses espaços por uma ampla gama de estudantes é fundamental para garantir que as decisões tomadas levem em conta as múltiplas realidades presentes na comunidade universitária. O DIGA+S surge para fomentar uma gestão mais diversa e inclusiva dentro dessas entidades, estimulando a participação de grupos historicamente sub-representados, como mulheres, pessoas com deficiência, negros e a comunidade LGBTQIAPN+. Além da inclusão social, o projeto enfatiza a relação entre diversidade e sustentabilidade. A inovação acadêmica e profissional depende de perspectivas diversas, pois soluções sustentáveis só emergem quando diferentes olhares contribuem para a resolução de desafios complexos. A sustentabilidade, nesse contexto, não se limita ao meio ambiente, mas abrange dimensões sociais e econômicas, fundamentais para o desenvolvimento de lideranças capazes de transformar a universidade e o mercado de trabalho. Ao levar essa discussão para os espaços acadêmicos, de governança estudantil e gestão universitária, o DIGA+S busca formar futuros profissionais mais preparados para atuar em um mundo plural, onde a diversidade é um diferencial estratégico para inovação, sustentabilidade e justiça social. |
7. JEU - Jogos Esportivos Universitários 2025
Orientador: Leandro Vinhas de Paula (leandro.paula@ufop.edu.br) |
As experiências esportivas e de lazer dos sujeitos indicam, sobremaneira, o estado de promoção da saúde física e mental nas sociedades modernas (Luz 2020). Vale destacar que, independentemente do viés competitivo, participativo ou educacional, as atividades físicas se mostram como ferramentas importantes para o autoconhecimento, o desenvolvimento da identidade e até mesmo da emancipação social. Por esse prisma, considera-se que a prática esportiva traz consigo elevado potencial de promoção do Bem-Estar Psicológico, dado que a subjetividade presente em suas diferentes manifestações pode desencadear processos como individuação, autorrealização, maturidade e completo funcionamento. A universidade, por sua vez, pode influenciar nos hábitos dos estudantes trazendo maior qualidade de vida e saúde a esses e às pessoas que com eles convivem, pela reverberação de hábitos da prática esportiva adquirida no ambiente universitário (Rossato et al., 2021). O projeto tem como objetivo estimular a convivência entre discentes, docentes e TAEs através de competições esportivas, além de promover a integração entre as comunidades acadêmicas dos diferentes campus da UFOP. |
8. Ariadnes
Orientadora: Karina Gomes Barbosa (karina.barbosa@ufop.edu.br) |
O projeto busca a continuidade e aperfeiçoamento da execução de um observatório de mídia, gênero e sexualidade, em articulação com violência, na Universidade Federal de Ouro Preto. Um observatório é um espaço de discussão e prática de atividades críticas de mídia, que produz conhecimento e incentiva debates sobre os temas a que se dedica — em nosso caso, gênero, sexualidade, mídia e violência. Além da produção crítica, oferecemos atividades de formação, espaços de escuta, iniciativas de discussão pública, como exibições de filmes e outras interações, e produção acadêmica, para pautar o assunto. Nossa premissa é que a mídia atua como dispositivo pedagógico (Fisher, 2012), e tem papel importante como tecnologia de gênero (Lauretis, 1994). No ambiente universitário, torna-se fundamental pensar a ação a partir da educação para incitar um agir ético e transformador no mundo a partir do pensamento crítico e de uma comunidade (hooks, 2020). Outra frente da ação, que se mantém desde a inauguração do observatório em 2018, é a escuta de relatos de violências de gênero e sexualidade no ambiente educacional. Essa escuta testemunhal é uma ferramenta comunicacional, também, de educação para a igualdade de gênero, na medida em que publiciza histórias de vida e de traumas vivenciados dentro ou a partir da experiência educacional. Ao longo de nossa trajetória, percebemos que muitas pessoas têm nos procurado para narrar suas histórias, mas não as querem publicizadas, pelos mais diversos motivos. |
9. Clube de Leitura Palavramundo
Orientadora: Daniela Leandro Rezende (daniela.rezende@ufop.edu.br) |
Trata-se da organização de um Clube de Leitura voltado à leitura, análise e discussão de obras literárias que tratam de questões relacionadas a ações afirmativas, acesso à universidade, desigualdades sociais interseccionais, democracia e cidadania. A proposta se justifica face ao declínio no número de leitores no país, em um cenário em que o número de pessoas não leitoras superou o número de leitores/as no país, devido à redução no percentual de pessoas que apontaram a escola como lugar de leitura. Insere-se como uma estratégia para incentivar a leitura entre a comunidade universitária, a partir de atividades coletivas, em formato híbrido, voltadas à análise e discussão de obras que tratem de questões relevantes para a comunidade, como as indicadas anteriormente. Espera-se construir um espaço para diálogo tendo como recurso a leitura e debate de obras literárias nacionais, escritas por mulheres brancas, indígenas ou negras e homens indígenas ou negros, que se aproximem de experiências e vivências da comunidade universitária. Nesse sentido, além de se configurar como uma estratégia de formação de leitores/as, o que pode implicar em melhoria do desempenho acadêmico, no desenvolvimento de um novo hábito ou hobby, contribuir para o desenvolvimento de pensamento crítico e ampliação do repertório literário e cultural, a premissa que orienta a proposta é que a leitura e discussão das obras subsidiará a leitura do mundo e do contexto em que se situa a comunidade (e vice-versa: os mundos em que se inserem membros da comunidade acadêmica também implicam em diferentes leituras das obras), abrindo possibilidade de diálogo sobre temas muitas vezes invisibilizados e silenciados que podem terminar por implicar em retenção e abandono da universidade. |
10. Andorinhas: Rede de Mulheres da UFOP - Um olhar sobre as assimetrias de gênero e parentalidade na universidade
Orientadora: Gabriela Guerra Leal de Souza (gabriela.souza@ufop.edu.br) |
A sociedade foi criada com a visão de que o homem, branco e heterossexual era superior intelectualmente em relação aos demais grupos. Assim, historicamente o gênero masculino foi alocado nos campos intelectuais e científicos, enquanto ao gênero feminino, foi dado o destino biológico da maternidade (ROHDEN, 2001). Essa visão transpassou para o meio acadêmico e é utilizada até os dias atuais. Isso tem sido fortemente demonstrado por alguns aspectos: (i) Há uma falta de representatividade das mulheres na ciência, em especial nas ciências exatas ou na STEM (acrônimo em língua inglesa para "science, technology, engineering and mathematics"), (ii) Há uma falta de mulheres no topo da carreira acadêmica, e (iii) Há um apagão na carreira científica das mulheres nos primeiros anos após o nascimento dos filhos. Em relação à falta de representatividade das mulheres na ciência, uma publicação recente demonstrou que as mulheres, negras e latino-americanas são alvo de tendências implícitas (não conscientes e não percebidas) de preconceito na área científica, apresentando grande dificuldade na publicação de seus artigos em revistas internacionais (CALAZA et al 2021).As pesquisas têm mostrado que o maior prejuízo na carreira das mulheres ocorre até a criança completar os 4 anos, e que esse fator se agravou durante a pandemia de COVID-19 (INFORMATIVO PARENT IN SCIENCE, 2020). Em junho de 2021, foi criado na UFOP o coletivo Andorinhas: rede de mulheres da UFOP com o objetivo de criar políticas universitárias no sentido de reduzir as assimetrias de gênero e parentalidade dentro da universidade. Desta forma, a presente proposta se justifica para minimizar os impactos causados pelas desigualdades de gênero e parentalidade na ciência, e estimular a permanência das mulheres estudantes de graduação, em especial das mães, nos cursos de graduação da UFOP e na carreira científica. O projeto tem por objetivos principais: promover atividades e eventos para incentivar a igualdade de direitos entre os estudantes com foco na redução do machismo e sexismo na comunidade ufopiana; estimular o reconhecimento do trabalho das mulheres da UFOP, e em especial daquelas que são mães, divulgando os projetos de pesquisa e extensão, artigos científicos, palestras e prêmios conquistados; estimular as estudantes mulheres e em especial, as mães a continuar na universidade e a seguir a carreira científica; divulgar conteúdos feministas nas redes sociais do coletivo Andorinhas. Dessa forma, visa-se promover um ambiente mais saudável, democrático, justo e propício à convivência harmoniosa e à permanência de estudantes mulheres e mães regularmente matriculadas em cursos de graduação da UFOP. |
11. Para sair deste lugar: fortalecendo pessoas para lidar com assédios
Orientadora: Keila Deslandes (keila_deslandes@ufop.edu.br) |
A presente proposta se caracteriza como um projeto de pesquisa-ação (intervenção), com uso de estratégias de sensibilização, enfrentamento e formação teórico-prática para o tema do assédio em suas diversas manifestações (moral, institucional e sexual). A proposta justifica-se uma vez que a prática de assédio, apesar de frequentemente negada pelas instituições acadêmicas, é algo bastante frequente nas universidades. O assédio produz sofrimento pessoal e é uma das causas de adoecimento mental (ansiedade, depressão e até tentativas de autoextermínio), que levam a afastamentos para tratamentos de saúde, retenção e evasão discente, dentre outras consequências para o clima organizacional. Não à toa, o presente projeto tem como título "Para sair deste lugar", pois uma das principais características da vítima de assédio é exatamente a dificuldade de se reconhecer como vítima, muitas vezes acreditando ser ela quem está causando o problema, tal o nível de opressão em que a pessoa se encontra. Assim, "sair deste lugar" é sempre muito difícil e sofrido. O objeto do projeto é oferecer formação continuada para estudantes identificarem situações de assédio - notadamente o moral e o sexual - e, com base nisso, fazerem uso de ferramentas para acolhimento da/s pessoa/as vitimadas e orientação sobre estratégias de denúncia e enfrentamento. |
Ações do Projeto: | |
12. MANAS À OBRA: Capacitação de Mulheres para Autonomia Doméstica no Âmbito Universitário
Orientadora: Elvina Maria Caetano Pereira (caetano.nina@ufop.edu.br) |
O projeto visa proporcionar autonomia e independência a mulheridades em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente no contexto universitário. A falta de conhecimento técnico em manutenção residencial reforça desigualdades estruturais, limitando a independência e gerando insegurança pela necessidade de terceiros para pequenos reparos. A proposta busca atender especialmente – mas não exclusivamente – mulheridades negras e lésbicas, bem como outras dissidências sexuais e de gênero, frequentemente invisibilizadas tanto dentro da comunidade LGBTQIA+ quanto nos debates feministas, nos quais mulheres heterossexuais costumam ocupar o protagonismo. Além disso, o projeto responde às demandas de estudantes universitárias residentes em moradias estudantis, onde a espera por assistência técnica costuma ser demorada, sobrecarregando o atendimento e tornando necessário o desenvolvimento de habilidades que permitam às próprias estudantes solucionarem pequenos problemas do dia a dia. Dessa forma, o projeto está estruturado nos seguintes eixos principais: 1.Capacitação prática: realização de workshops sobre reparos elétricos, hidráulicos, de marcenaria e instalação de equipamentos domésticos; 2.Criação de redes de apoio: espaços de troca entre as participantes, promovendo acolhimento, fortalecimento de vínculos e compartilhamento de saberes; e 3.Produção de conteúdo digital: desenvolvimento de vídeos educativos para redes sociais, democratizando o conhecimento técnico e incentivando mais pessoas a adquirirem essas habilidades. A autonomia doméstica é essencial para o bem-estar das pessoas, especialmente para aquelas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Muitas mulheres e dissidências sexuais e de gênero ainda não têm acesso ao conhecimento técnico necessário para resolver questões simples de manutenção residencial. Essa falta de autonomia gera custos adicionais e as expõe ao risco de exploração ou assédio ao buscar assistência profissional. No contexto universitário, a falta de recursos para pagar serviços de manutenção pode ser mais um obstáculo à permanência acadêmica, prejudicando o rendimento e aumentando a sobrecarga emocional. Deste modo, este projeto visa promover independência, segurança e fortalecimento das participantes, democratizando conhecimentos técnicos e incentivando a equidade de gênero, ampliando as possibilidades de autonomia dentro e fora da universidade. |
13. Sarau - ICHS & ICSA
Orientadora: Tereza Maria Spyer Dulci (terezaspyer@ufop.edu.br) |
Esta proposta tem por objetivo acolher os sujeitos que estão cotidianamente no ICHS e no ICSA, promovendo a socialização por meio da divulgação e experimentação de diversas formas de cultura (poesias, esquetes teatrais, shows, curtas, sessão de cinema comentada, exposição de artes visuais, dentre outras). Inspirado em experiências exitosas de outros saraus universitários, o sarau busca contribuir para a formação estética e ética dos participantes, estimulando a criação de um repertório artístico mais diverso e crítico. Além de um espaço de convivência e expressão, o sarau também desempenha um papel essencial na democratização da cultura, permitindo que estudantes, professores e técnicos administrativos compartilhem experiências e produções artísticas, fortalecendo o vínculo com a universidade e reduzindo a evasão estudantil. A proposta também visa fortalecer a relação entre a comunidade acadêmica e a sociedade, estabelecendo parcerias com grupos culturais locais, como tamborzeiros, coletivos de poesia, teatro, danças contemporâneas, bandas e artistas visuais. O sarau será realizado em parceria com os coletivos do ICHS e do ICSA, incluindo Centros Acadêmicos, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), coletivos feministas, entre outros, garantindo maior engajamento e representação da diversidade estudantil e acadêmica. Desta forma, o sarau será um espaço de formação política e artística, estimulando debates sobre arte e sociedade, bem como a reflexão sobre as relações entre cultura, educação e política. A partir da experiência acumulada por outras iniciativas universitárias, buscamos consolidar esse espaço como um local de acolhida e pertencimento na UFOP. |
14. FINA (FICO E TREINO NA UFOP)
Orientador: Everton Rocha Soares (everton@ufop.edu.br) |
prática de exercícios físicos feita de forma regular, moderada e saudável, juntamente à adoção de um ritmo de vida mais ativo, está diretamente relacionada à melhoria da saúde física, mental e do bem-estar geral das pessoas (OMS, 2020; DOMINSKI, 2021). Por sua vez, o exercício físico de musculação conjuntamente com os exercícios aeróbicos pode proporcionar melhoras nos níveis de força muscular e na postura corporal, bem como manutenção e/ ou aumento da massa óssea, muscular e da aptidão cardiorrespiratória (ACSM, 2018). Em contrapartida, no meio universitário, face a rotina estressante e ao elevado grau de exigência acadêmica, observa-se uma importante propensão de os e as estudantes adotar e/ ou manter um estilo de vida sedentário (CARBALLO-FAZANES et al., 2020). Em conjunto, esses fatores podem impactar negativamente no desempenho acadêmico (DIAS DE JESUS; MORALES, 2022) e na permanência dos e das estudantes na universidade (SILVA et al., 2022). Nesse sentido, Guedes, Legnani e Legnani (2012) postulam que a estruturação e delineamento de programas de promoção de exercício físico para universitários deve considerar o e a estudante em sua dimensão humana, de forma a favorecer o processo de formação, valorizar suas capacidades e habilidades, bem como compreender dificuldades latentes. Ademais, evidências mostram que o exercício físico está associado ao melhor desempenho acadêmico, gerando efeitos positivos diretos e indiretos no processo de aprendizagem de estudantes universitários (ARDILA; GÓMEZ-RESTREPO, 2021; REN et al., 2021). Neste sentido, torna-se imperativo mobilizar esforços para que estudantes universitários tenham ampliadas as possibilidades de praticarem exercício físico durante a vida acadêmica, reconhecendo, sobretudo, a importância de manter esse hábito por toda a vida. |
15. Cabelos que Contam: Dialogando com a Identidade Afro no PIDIC
Orientadora: Roberta Eliane Santos Froes (robertafroes@ufop.edu.br) |
O projeto é uma proposta inovadora que visa explorar a complexidade e a beleza dos cabelos afro, indo além da estética para promover um diálogo profundo sobre identidade e cultura. Por meio de rodas de conversa, cuidados capilares e discussões culturais, almejamos criar um ambiente de autoconhecimento e aceitação, onde os participantes possam compartilhar experiências, aprender sobre os cuidados específicos para seus cabelos e mergulhar na riqueza da cultura afro-brasileira. Através da promoção de penteados tradicionais e contemporâneos, buscamos fomentar o empoderamento individual e coletivo, incentivando a expressão autêntica e fortalecendo a autoestima dos participantes. "Cabelos que Contam" vai além de uma abordagem estética, buscando construir um espaço inclusivo onde a diversidade capilar é celebrada. Espera-se que o projeto não apenas influencie as escolhas capilares dos participantes, mas também proporcione uma compreensão mais profunda sobre a importância da representatividade e aceitação cultural, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. |
16. Ensino e prática de artes marciais
Orientador: Daniel Barbosa Coelho (daniel@ufop.edu.br) |
As artes marciais são um conjunto de práticas e técnicas que visam o desenvolvimento físico, mental e espiritual, usadas como meio de autodefesa, autocontrole e desenvolvimento pessoal. Considerando as suas características e filosofia essas práticas podem ser chamadas de “arte” e têm várias aplicações dentro do contexto acadêmico nos tempos atuais em que o seu emprego em tempos de guerra não é mais necessário e foi ressignificado. Deve-se chamar a atenção que a proposta não busca a “esportivização” das lutas, que foi o que ocorreu com as artes marciais ao longo do tempo. Nesta proposta são ensinados os fundamentos técnicos, exercícios preparatórios e filosofia de diferentes modalidades de artes marciais. No tatame todos são tratados da mesma forma, independente da sua raça, cor, gênero ou condição financeira, pois precisa-se do outro para que se possa praticar e todos se desenvolvam juntos e os mais experientes orientam os menos experientes sem verticalidade. A prática de atividade física regular e bem orientada é necessária para a saúde das pessoas. Na atualidade existe carência de espaços livres com o oferecimento de práticas esportivas e recreativas para a comunidade universitária como um todo e ouropretana, bem como espaços acolhedores com boa infraestrutura e isso é bem oferecido pelo ginásio de esportes da EEFUFOP e com o ensino de lutas lá que já ocorre. Especificamente a comunidade universitária se vê com tempo ocioso que acaba sendo utilizado para outros fins. Desta forma, o projeto ensino e prática de artes marciais pode suprir essa demanda de atividades que existe, já que podem ser oferecidas várias modalidades em dias e horários variados, inclusive aos sábados. Além de oferecer uma prática que contribui para o autocontrole dos alunos, diminuição da violência, defesa pessoal de ambos os gêneros, ocupação saudável dos espaços públicos. |
17. A leveza das Danças árabes (Dança do Ventre)
Orientadora: Eva Bessa Soares (eva@ufop.edu.br) |
A proposta objetiva encontros quinzenais, descontraídos e alegres com as alunas do ICEA. As rodas de conversa seguidas de práticas das danças árabes (dança do ventre) constituirão atividades para tais interações. Ela tem como objetivo estudar a arte das danças árabes (dança do ventre) como uma manifestação artística a partir de aulas teóricas e práticas, compreendendo-a como uma cultura milenar e mundial que pode ser difundida localmente. Nesse processo é esperado também resultados positivos no âmbito psicológico das participantes como reflexões sobre a timidez, o empoderamento, as possibilidades do corpo, a socialização, a cooperação, o respeito às diferenças, o resgate da feminilidade e da autoestima, segurança psicológica e outros a partir das demandas do grupo. |
18. Desabafo - escuta afetiva da UFOP
Orientadora: Samantha de Souza Ribeiro (samantha.ribeiro@ufop.edu.br) |
A vida universitária pode ser um período de intenso crescimento, mas também de desafios emocionais significativos. A transição para a universidade, a pressão acadêmica, adaptação a um novo ambiente, as incertezas sobre o futuro profissional, dificuldades financeiras e, muitas vezes, isolamento social são fatores que podem impactar significativamente a saúde mental dos universitários. Nesse contexto, um projeto de escuta afetiva surge como uma estratégia essencial para acolher e apoiar os estudantes, oferecendo um espaço seguro para a expressão de sentimentos e preocupações. A escuta afetiva é um processo de acolhimento empático, baseado na disponibilidade, atenção e ausência de julgamentos, permitindo que o estudante se sinta compreendido e validado em suas emoções (Rogers, 1986); tem demonstrado ser uma ponte entre o sofrimento e o acesso a suporte adequado promovendo resiliência e bem-estar. A implementação de um projeto de escuta afetiva pode trazer benefícios como: (i) a possibilidade de compartilhar angústias e dificuldades ajudando a aliviar tensões emocionais; (ii) fortalecimento do suporte social com maior senso de pertencimento e conexão com a instituição; (iv) prevenção de transtornos mentais mais graves e (v) apoio na adaptação acadêmica, facilitando a integração dos estudantes, reduzindo a evasão e melhorando o desempenho acadêmico. Essa proposta visa acolher, através da escuta afetiva, estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação e de pós-graduação, inicialmente do campus de Ouro Preto podendo ser expandido para Mariana e João Monlevade. O acolhimento será realizado pelos próprios alunos que se vinculam como bolsistas e voluntários do projeto. Estes alunos serão previamente treinados e acompanhados por profissional habilitado, com o foco na diminuição dos sintomas ansiosos e depressivos que impedem o pertencimento e a conexão com a instituição de ensino, o seu desenvolvimento acadêmico que culmina na evasão estudantil, pauta de grande preocupação. |
19. Capoeira para Todos
Orientador: Harrison Bachion Ceribeli (harrisonbceribeli@ufop.edu.br) |
Examinando o contexto sócio-histórico da população marianense, verificamos que o território no qual se insere a UFOP foi construído pela mão de obra preta escravizada. Soma-se a isso o fato de o Estado de Minas Gerais ser um dos que possuem maior porcentagem de pessoas autodeclaradas negras. Diante dessas questões, tornam-se indispensáveis as ações - como a prática da capoeira - que buscam promover a afirmação e resistência da matriz cultural afro-brasileira, que, vale destacar, tem sido sistematicamente combatida há séculos em nosso país. Com isso, espera-se estimular uma maior autoestima das pessoas e uma convivência mais respeitosa e harmoniosa. O presente projeto pretende, por meio da oferta gratuita de aulas de capoeira, promover a diversidade e a convivência. Em relação à diversidade, entende-se que a capoeira atua como fomento de uma matriz cultural que é a afro-brasileira, estruturalmente discriminada e combatida pelos movimentos de branqueamento no seio da sociedade brasileira, e de importante afirmação para que se faça combate da violência e discriminação, caminhos necessários em sociedades formadas pelo colonialismo, como é a nossa. Quanto à convivência, a capoeira é algo que se pratica em conjunto. Não se joga capoeira contra alguém, mas com alguém. Assim, para além da afirmação cultural, há também o convívio e prática conjunta de diferentes corpos e idades, seja nos movimentos corporais, ou na parte musical, com toques dos instrumentos e cantos de músicas. |
20. Equidade, Diversidade e Inclusão na Escola de Minas: em busca de um ambiente mais humanizado
Orientadora: Alice Fernanda de Oliveira Costa (alice.costa@ufop.edu.br) |
Promover a equidade, diversidade e inclusão no ambiente acadêmico é essencial para criar espaços mais representativos e construir um senso de pertencimento dos estudantes. A promoção da diversidade, equidade e inclusão na universidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também traz benefícios significativos para toda sociedade. Estudos mostram que ambientes diversos e inclusivos impulsionam o pensamento crítico, a inovação e a criatividade (Hofstra et al. 2020). No entanto, alcançar uma verdadeira diversidade e inclusão no ambiente acadêmico apresenta vários desafios. Nos campos das ciências exatas e STEM (sigla em inglês "science, technology, engineering and mathematics") os obstáculos aumentam já que a permanência de preconceitos e estereótipos podem criar barreiras para a participação plena dos estudantes. Além disso, a falta de representatividade entre docentes e administradores pode dificultar a criação de um ambiente verdadeiramente inclusivo. Essa proposta visa a adoção de medidas relacionadas à inclusão contínua de grupos vulnerabilizados, à promoção da equidade e ao combate à sua discriminação e à violência de gênero de toda a comunidade acadêmica da Escola de Minas. |
21. UFOP 60+: Combatendo o Etarismo
Orientadora: Alessandra Ribeiro de Souza (alessandra.ufop@ufop.edu.br) |
Segundo dados do Censo de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), atualmente, 51,3 mil idosos estão matriculados em universidades brasileiras, sendo 26,6 mil mulheres e 24,7 mil homens. Entre 2012 e 2021 houve um aumento de 56% no número de estudantes com mais de 60 anos. Diversas pesquisas indicam que a aprendizagem contínua pode melhorar a memória, estimular a criatividade e aumentar a concentração, além de ser uma importante ferramenta para combater o declínio cognitivo natural do envelhecimento e até prevenir doenças como o Alzheimer. A inserção na universidade vai além do conhecimento acadêmico, é uma forma de garantir uma longevidade ativa e de qualidade. Seja para manter-se atualizado em temas de saúde, tecnologia ou apenas como um desafio pessoal, as pessoas idosas estão encontrando no ensino superior um novo caminho para a promoção da autonomia e o aprimoramento da saúde física e mental. O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, é o preconceito ou discriminação contra pessoas com base na idade. Esse tipo de discriminação pode afetar tanto jovens quanto idosos, mas é mais comumente associado ao tratamento injusto de pessoas mais velhas e é tipificado como crime pela legislação brasileira. De acordo com dados do registro acadêmico até o semestre de 23.2 havia 24 pessoas com mais de 60 anos matriculadas na UFOP e não foram identificadas ações voltadas para a efetiva inclusão desses discentes na instituição. Diante do exposto, o projeto tem por objetivo promover ações que debatam a inserção da pessoa idosa na sociedade e seus direitos combatendo o etarismo. |
22. Entre a Liberdade de Expressão e as Restrições à Autonomia: Um debate sobre a violência epistêmica de gênero
Orientadora: Flávia Souza Máximo Pereira (flavia.pereira@ufop.edu.br) |
O presente projeto, mediante encontros mensais, visa a promoção de debates sobre a violência epistêmica de gênero e os limites da liberdade de expressão, orientados por linguagens metodológicas diversas. Entendemos pertinente a discussão da temática, mormente diante de um cenário político global frequentemente (re)definido pelas forças imperiais estadunidenses que, atualmente, através do governo Trump, vem implementando como política de governo a eliminação do termo “ideologia de gênero” de contratos, descrições de cargos e contas em redes sociais, como parte de um projeto que intenta o reconhecimento de apenas dois gêneros, feminino e masculino. A discussão, portanto, irá perpassar o direito constitucional da autonomia da pessoa humana e da liberdade de expressão para retratar uma ascensão da opressão de gênero e possíveis caminhos para a resistência epistêmica a partir da discussão por filmes. |
23. XADREZ na UFOP
Orientador: Leandro Vinhas de Paula (leandro.paula@ufop.edu.br) |
O jogo de xadrez pode ser relacionado à diferentes domínios da função cognitiva, pois ele exige grande concentração e atenção (NICHELLI et al., 1994) estando ainda presente em muitas culturas como instrumento de alfabetização, aprendizado e como uma prática de lazer sadia e educativa (FRANKLIN et al., 2020). A prática do xadrez é dinâmica e capaz de provocar o aprimoramento e desenvolvimento de potencialidades benéficas em seus praticantes, como o estabelecimento de estratégias dialógicas, cooperativas e interativas, que podem proporcionar um melhoramento e um maior empenho acadêmico em diferentes áreas do conhecimento, tanto na educação básica (VELOSO-SILVA, 2010; GARCIA CAMEJO et al., 2020) como no ensino superior (LANDIM, 2014; GOMES 2023). Por outro lado, no que tange o ensino superior, Pinheiro et al. (2023) postulam que a evasão escolar é um fenômeno complexo, podendo, em parte, ser influenciado pela não integração social do estudante (quando este ou esta não participa de atividades extracurriculares, por exemplo) e, também, quando ele ou ela apresenta dificuldades de desempenho acadêmico e desenvolvimento de carreira, apresentando notas baixas, por exemplo. Neste sentido, ao entender que o jogo de xadrez pode contribuir para o desenvolvimento psicológico e social de seus praticantes, entende-se que a oportunização deste jogo para universitários pode ser uma ferramenta bastante importante para o desenvolvimento acadêmico, pessoal e social destes estudantes. |
24. Diversidade e Representatividade LGBTQIA+
Orientador: Harrison Bachion Ceribeli (harrisonbceribeli@ufop.edu.br) |
A diversidade tanto de gênero como de orientação sexual ainda é um tema pouco discutido nas universidades públicas. No Brasil é possível observar, a partir de dados estatísticos, que os índices de homicídios e agressões de vítimas LGBTQIA+ têm aumentado ao decorrer dos anos. A proposta do presente projeto é a ampliação de nossas ações por meio da criação de espaços midiáticos e físicos dedicados à promoção de debates interdisciplinares sobre essa temática. Com o objetivo de democratizar informações, proporcionar a convivência, bem como possibilitar que as pessoas LGBTQIA+ se reconheçam dentro e fora do espaço universitário. Em resumo, o “Representatividade e Diversidade LGBTQIA+” tem como proposta envolver diversas formas de interação para diferentes atores sociais. E, assim, a política de inclusão social e ações afirmativas serão instrumentos poderosos para promover uma transformação coletiva, especialmente no que diz respeito ao acolhimento de alunos LGBTQIA+ em situação de desproteção socioeconômica. |
25. PREPARAFRO ABDIAS NASCIMENTO: a pós-graduação hoje, aqui e agora
Orientador: Clézio Roberto Gonçalves (clezio.goncalves@ufop.edu.br) |
O projeto traz uma proposta de curso preparatório de acompanhamento, de capacitação e de formação de jovens estudantes quilombolas, negres (pretes e pardes), graduades, egresses ou não da UFOP, que estejam se organizando e/ou se preparando para participar de Processo Seletivo de curso do pós-graduação, nível mestrado e doutorado, na UFOP ou fora da UFOP, nos próximos anos (meses). Tal iniciativa de autoria de dois professores membros e pesquisadores do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI-UFOP), além de (i) institucionalizar experiências de formação preparatória para processos seletivos no contexto de ações afirmativas e (ii) estimular o público alvo desse projeto a se preparar para o ingresso em um curso de pós-graduação, caminha em conformidade com as palavras de Mayorga e Souza (2012), quando defendem que as políticas de permanência na universidade precisam “(...) constituir como um conjunto de ações ampliadas que considere a especificidade do estudante que acessa a universidade e devem garantir uma leitura sobre as dinâmicas de inclusão e exclusão dentro dessa instituição”. rata-se de uma política pública de ação afirmativa que se destina aos egressos de escolas públicas, pessoas de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiências. O objetivo principal do projeto é capacitar os estudantes negros (pretos e pardos) e quilombolas dos três campus da UFOP (Ouro preto, Mariana e João Monlevade) para que tenham condições de participar de processo seletivo de curso de pós-graduação, nível mestrado e doutorado, e de ingressar em um curso de pós-graduação. |
26. PADAM LGBTQIAP+ : Programa de Apoio à Diversidade Acadêmica e Mediação de Conflitos
Orientador: Roberto Henrique Pôrto Nogueira (roberto.nogueira@ufop.edu.br) |
O "Programa de Apoio à Diversidade Acadêmica e Mediação de Conflitos" (PADAM) surge como uma resposta necessária às complexas dinâmicas enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+ na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Reconhecendo que membros dessa comunidade possuem subjetividades que exigem um olhar sensível para a preservação e promoção de uma gestão equilibrada e segura de conflitos de convivência. O programa se destaca por sua abordagem sensível e empática, visando a criar um ambiente de diálogo seguro para articular soluções de celeumas tangentes a subjetividades sujeitas a discriminação baseada em orientação sexual e identidade de gênero. Nesse contexto, o PADAM busca capacitar mediadores a compreenderem nuances opacas de intimidação ou de desproporção relacionais, promovendo mediações que considerem de forma específica essas experiências, contribuindo para a construção nivelada de soluções justas e equitativas. Ao enfocar a diversidade sexual e de gênero, o PADAM não apenas busca resolver conflitos, mas também aspira criar um espaço de diálogo honesto e sem tabu, para a comunidade estudantil. Ao proporcionar um ambiente inclusivo e empático nas mediações, o programa trabalha para contribuir para mitigar os desafios enfrentados por essa comunidade, fortalecendo a isonomia no ambiente acadêmico. |